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Um passeio pela Pérola do Vale

  • Foto do escritor: amigasestradeiras
    amigasestradeiras
  • há 11 minutos
  • 6 min de leitura

Timbó – 31/05 e 01/06 de 2025

 

Comichão: consultando o dicionário, no sentido figurado, significa desejo veemente, tentação. E é justamente essa sensação que move as estradeiras: um desejo constante de botar o pé na estrada e conhecer as belezas desse mundão. Ou melhor, de sentir, de experimentar, de reconhecer, de pertencer.

 

Então, juntando a previsão de um fim de semana ensolarado com a ânsia de mulheres que gostam de bater pernas, decidimos conhecer nossa cidade ‘quase’ vizinha, Timbó.

 

Timbó, conhecida como a Pérola do Vale, fica distante aproximadamente 42 km da Vila Itoupava, onde moramos. Localizada no Vale do Itajaí, tem população em torno de 45000 habitantes e forte influência cultural alemã e italiana. Foi fundada em 12 de outubro de 1869, por Frederico Donner e é conhecida por suas belezas naturais, gastronomia típica e eventos culturais, sendo destino turístico popular, especialmente para cicloturistas. 

 

Como chegamos na cidade em horário de café da tarde, nossa primeira parada foi na Cafeteria Kitutte, que fica no centro. Muito bem localizada, com estacionamento em frente, serve cafés, sucos e lanches leves, entre doces e salgados. O ambiente é convidativo, o atendimento cordial e os preços compatíveis com a qualidade do que é servido.

 




Como o clima estava muito agradável, de lá fomos caminhando até no Museu do Imigrante, que ficava pertinho. Esse faz parte do Complexo Turístico Jardim do Imigrante e recebe cerca de 4 mil visitantes por ano. Ele foi fundado em 23 de março de 2003 e está abrigado numa casa construída no estilo enxaimel em 1890, mas um pouco modificada ao longo dos anos. Na visita, você é guiado pelos cômodos do imóvel e ouve a história dos imigrantes, que pode ser visualizada através de móveis, louças e roupas da época. Um desses cômodos, chamado de Galeria Max Hartmann, é um espaço dedicado a receber exposições de artes. O ingresso custou R$ 5,00 e quem nos guiou foi o Everton, muito dedicado e preparado para a função.

 





Ali nesse Complexo Turístico Jardim do Imigrante, além do museu, fica o Restaurante e Choperia BierDamm e a Ponte do Imigrante, que atravessa o principal rio da cidade, cartão postal da localidade, que proporciona uma visão belíssima sobre a represa do Rio Benedito e de todo o entorno.

 




Atravessando a rua fica a Praça Frederico Donner, onde está a Casa do Artesão e o busto do fundador do município. Essa casa, também construída na técnica enxaimel, é muito charmosa e comercializa diversos produtos de vários artesãos de Timbó. Abre todos os dias da semana e é parada obrigatória pra quem quer levar uma lembrancinha.

 




Dali seguimos para o hotel que já tínhamos reservado, o Timbó Park Hotel, que foi construído por um ex-prefeito da cidade na década de 90, mas vem se modernizando e expandindo desde lá. Apesar da região central, é rodeado pela natureza que se integra perfeitamente com os ambientes. Além dos mais de 80 apartamentos, conta com um belo hall de entrada, academia e piscina aquecida. O nosso quarto era confortável e funcional, o café da manhã bem gostoso e variado, e o atendimento muito gentil. Inclusive, fomos prontamente atendidas quando solicitamos um late check-out no domingo, pelo qual ficamos muito agradecidas. No local também fica o Restaurante D.O.C. , aberto ao público em geral, cujo cardápio é inspirado na região do Trento, na Itália, e todos os pratos são preparados com ingredientes da região.

 





Após um breve descanso fomos jantar na Mattarello Gourmet Pizzaria e Hamburgueria. Esse, apesar de ter um ambiente bem informal, é um lugar intimista e bastante aconchegante. As cadeiras são forradas com pelegos de lã, propícios para a noite fria que fazia. Degustamos um delicioso hamburguer com batatas, bem servidos, cada uma com a carne no ponto que pediu, e saímos de lá bem felizes. O atendimento é eficiente e rápido.

 





Na manhã do domingo, depois de um tranquilo desjejum, a primeira parada foi no Parque Central Pastor Nelso Weingärtner, que tem grande área de lazer familiar. Possui quadras de esportes, pista de skate, academia ao ar livre e o totem do letreiro da cidade. O parque é palco de grandes eventos, como a Páscoa, o Natal, Feiras do Livro e inclusive diversos shows nacionais já aconteceram ali. Também abriga o Centro Integrado de Cultura Ingo Germer, onde fica o Teatro Municipal, a Biblioteca Pública, as escolas de arte, música e dança, além de auditório e toda a parte administrativa da Fundação de Cultura e Turismo de Timbó.

 





Seguindo o passeio, fomos conhecer a Capela Sagrado Coração de Jesus, no bairro Tiroleses. Todos já sabem como os templos religiosos nos encantam e não poderia ser diferente com esse. Datada de 1877, é pequenina e singela em tamanho, mas inspira grande fé e louvor nos belos vitrais, nos bancos e mezanino de madeira, no altar cuidadosamente arrumado. Pode ser acessada por uma grande escadaria, ou de carro pela lateral do templo. Anexo também fica o cemitério da comunidade. Tivemos sorte de pegá-la aberta pois, após a missa, a diretoria estava ali reunida acertando detalhes da festa anual que acontecerá em breve.

 





Em seguida fomos ao Museu da Música, que foi idealizado pelo Pastor Hans Hermann Ziel e, com o apoio público, inaugurado em 19 de setembro de 2004. Ele está abrigado num imóvel centenário, em meio a um lindo terreno gramado, foi construído no início do século XX por imigrantes alemães, e serviu como salão de baile. O museu recebe cerca de 4 mil visitantes por ano e é o único do Brasil com esse porte e acervo musical. São mais de 2000 peças, de vários tipos, épocas e países. Instrumentos musicais, partituras, discos, livros, são itens que encontramos por lá. Tem como objetivo, além de preservar a história e cultura musical através dos séculos, a realização de ações educativas, concertos e outros eventos culturais. É lúdico e interativo, sendo que através da leitura do QR Code dos instrumentos, é possível ouvir o som de vários deles. Muito rico e interessante! O ingresso custou R$ 5,00 e o atendimento acontece de terças a domingos.

 





Nosso almoço foi no Restaurante Tedo, por indicação das senhoras que encontramos na igreja de manhã. Com ambiente amplo e um buffet que podemos considerar exagerado, o local deve agradar todos os gostos pela grande variedade oferecida. São vários tipos de saladas, massas, carnes, acompanhamentos e sobremesa, tudo muito saboroso. O sistema é por quilo, não servindo pratos à la carte. Tem inúmeras vagas de estacionamento nos arredores, o atendimento é rápido e eficiente e o preço foi de R$ 99,00/kg. Recomendamos!

 




Depois de passar no hotel e fechar as malas, a primeira visita da tarde foi no Museu Casa do Poeta Lindolf Bell. Este foi inaugurado em 11 de dezembro de 2003 e está abrigado na casa construída pelos pais do poeta, onde ele viveu sua infância e adolescência e pra onde retornou na década de 1980, até sua morte em 1998. O acervo conta um pouco da vida e trajetória do ilustre morador, através do mobiliário, objetos pessoais, livros da biblioteca pessoal, além de um conjunto de obras de arte que vieram da Galeria Açu-Açu, fundada em Blumenau por Bell e outros na década de 70. O espaço tem um anexo que pode receber várias ações educativas e culturais, como palestras e saraus. Quem nos recebeu e guiou ali foi a Joelma, muito atenciosa, que além de preparada para aquele ofício, também transmitia uma serenidade que nos é aprazível.

 






Outra igreja muito fofa que visitamos foi a Capela São Roque, no bairro Pomeranos. Inaugurada no ano de 1950, é pequena e singela, com bancos de madeira, piso de pedra, lindos afrescos no teto e paredes e vitrais coloridos que trazem uma luminosidade aconchegante ao local. Logo atrás fica o pequeno cemitério da localidade.

 




Outra atração muito conhecida na cidade é o Parque de Exposição Franz Damm, mais conhecido como Jardim Botânico. Em um espaço com imensa área verde, lagoas, trilhas, restaurante, playground para as crianças, é ponto de encontro de famílias e amigos. Para deitar na grama e ler um livro, ou fazer um piquenique, uma roda de viola, um ensaio fotográfico, ou simplesmente respirar ar puro, esse é o local perfeito! Com uma área de aproximadamente 12 hectares, proporciona uma verdadeira experiência imersiva na natureza, além de regularmente ser palco de ações educativas e de conscientização ambiental.

 





Para fechar o passeio com chave de ouro, não poderia faltar um café da tarde e, para tanto, escolhemos a Cafeteria Madonna Mia. Abrigada numa casa charmosa, serve vários tipos de cafés, assim como doces e salgados, do simples ao sofisticado. O ambiente é agradável, tem mesas internas e externas e o atendimento é cordial. Fica localizada no centro e tem vagas de estacionamento logo em frente.

 




Dessa forma encerramos mais um passeio, sempre gratas! E dessa vez, com frase de Lindolf Bell: “Menor que meu sonho, não posso ser”.

 


Dica: para quem gosta de aventura, uma boa opção em Timbó é subir o Morro Azul, ou Parque Ecológico Freymund Germer, que fica a 18 km do centro da cidade. Oferece uma linda vista da região do alto de seus 758 metros, tem trilhas bem conservadas, área de camping, rampa de vôo e dizem que o nascer ou pôr do sol ali são deslumbrantes.

 

Obs.: um fato que muito nos surpreendeu é que todos os museus de Timbó abrem de terças a domingos, fechando somente nas segundas-feiras. Excelente iniciativa, para atender quem está passeando nos fins de semana.

 

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