Petrópolis – Voltando aos tempos do Brasil Império
- amigasestradeiras
- 16 de mai. de 2019
- 9 min de leitura
Petrópolis – Voltando aos tempos do Brasil Império ( 17 a 21/08/2017 )
E como última viagem do ano de 2017, optamos por conhecer uma cidade que abriga fantásticas memórias da história do nosso país, Petrópolis no RJ. Na impossibilidade da Udi ir conosco, e até pelo fato dela já ter estado lá, fomos Andréa e Daniela.
Saímos no dia 17 pela manhã, deixamos o carro num estacionamento particular ao lado do aeroporto de Navegantes e embarcamos num vôo da Cia aérea Avianca rumo ao nosso destino. Chegando ao aeroporto do Galeão, estávamos a 1 hora do hotel reservado e, para o translado, havíamos contratado serviço de transporte executivo.
Chegamos no hotel já na parte da tarde. Escolhemos o Hotel e Pousada Princesa Isabel, unidade Dom Pedro, que fica bem pertinho do centro histórico, onde ficava a maior parte da nossa programação. Pelo fato da boa localização, fizemos a maior parte das visitas a pé, deixando para usar o táxi somente para conhecer os locais que ficavam fora do centro histórico. O hotel era muito legal, tinha atendimento cordial, bom café da manhã, instalações adequadas, preço justo, além da boa localização.
Sobre a cidade de Petrópolis, ficamos surpresas pelo fato de, ao mesmo tempo que guarda tantas histórias, memórias, altivez e arquitetura do passado, ter um lado muito movimentado e boêmio que reflete bem os costumes cariocas.
Mesmo sob chuva, em posse das nossas sombrinhas, aproveitamos o restinho da tarde pra fazer um reconhecimento das imediações do hotel. Em meio ao comércio, encontramos uma convidativa cafeteria, onde tomamos um delicioso café com bolo. Depois de bater perna, decidimos que naquela noite jantaríamos no hotel mesmo, pra descansar pros próximos dias. Seguindo dica do recepcionista, pedimos um lanche farto que foi entregue pra nós no local e degustado no quarto mesmo.
18/08/2017 – Sexta-feira
Depois do reforçado café da manhã, começamos o nosso dia:
- Museu Casa de Santos Dumont: é uma pitoresca residência de 3 andares, incrustada numa localidade íngreme da cidade, que foi usada como casa de verão pelo pai da aviação. O local preserva e divulga a história do gênio da engenharia que revolucionou o mundo, através de um acervo de objetos, livros e cartas que abastecem o museu. Pagamos R$ 8,00 pelo ingresso.
Bem próximo fica a Universidade Católica de Petrópolis e o Relógio das Flores.
- Chocolates Katz: também ao lado do museu, fica a loja de fábrica dos chocolates presentes na cidade desde 1953, aliando tradição e modernidade, num ambiente muito aconchegante e convidativo. Vendem os chocolates, doces e outras iguarias feitas por eles, além de servirem um delicioso café. Muitos presentinhos para a família vieram de lá.
- Museu de Cera de Petrópolis: logo ao lado da loja de chocolates fica este museu, que retrata perfeitamente personagens nacionais e internacionais. Eles são produzidos em estúdios americanos, em tamanho real e impressionam pela textura da pele, dos cabelos e dos olhos parecerem reais. As fotos são liberadas e ao final da visita é possível fazer um molde em cera da sua mão, serviço esse que tem um custo extra. Pelo ingresso pagamos R$ 40,00.
Em meio a essas atrações turísticas, fica um recanto chamado Liberty Garden, que é tipo uma galeria de lojinhas que lembra uma feira, onde é possível adquirir lembranças da cidade. Foi lá que almoçamos, no Restaurante Paladar, em sistema self service. A dica aqui é chegar cedo, pois o local não é muito grande e é bastante freqüentado.
Após o almoço, pra fazer a digestão, fomos caminhando até a Cervejaria Bohemia. Essa é uma visita imperdível na cidade, onde é possível fazer o tour cervejeiro que oferece a experiência cervejeira mais completa da América Latina. O Tour apresenta a história da cerveja, o seu processo de produção e ingredientes que levam os visitantes a experiências sensoriais únicas e degustações exclusivas. A empresa foi fundada em 1853 e rebatizada para Cervejaria Bohemia em 1898. A estrutura é enorme, tudo muito organizado e ao final da visita ganhamos um brinde e pudemos fazer compras na loja exclusiva. O local também abriga um bar e restaurante. Atualmente o valor do ingresso do tour é R$ 39,00, que valem cada centavo investido.
Para o café da tarde, escolhemos a “Doces Húngaros” que é uma aclamada confeitaria da cidade, tem ambiente informal, apertadinho, e conta com um cardápio variado de salgados, bolos, bombons, com destaque para os aclamados doces húngaros e suas deliciosas massas folhadas. É de dar água na boca, muito bom! Como a confeitaria era bem no centro, andando de volta ao hotel, pudemos apreciar o comércio e fazer comprinhas bem bacanas, entre presentes e aquisições próprias.
Para o jantar, escolhemos o Restaurante Massa Leve, que fica afastado do centro da cidade, motivo pelo qual fomos de taxi. Lá eles produzem as massas frescas artesanalmente, assim como também os molhos. Tudo muito leve, saudável e sem conservantes. Você escolhe a massa, o molho, o recheio, de acordo com a sua preferência. O ambiente é pequenino e acolhedor, o preço é justo e o sabor incomparável. Vale lembrar que esse lugar foi uma dica do Igor, o nosso motorista do translado. Recomendamos!
19/08/2017 – Sábado
No sábado de manhã, colocamos a mochila nas costas e o pé na estrada. O tempo estava favorável, não chovia, a temperatura estava em torno de 18 graus, então fomos a pé procurar os nossos atrativos do dia, guiadas por um mapa e o GPS dos celulares.
- Palácio de Cristal: é uma construção eclética, com estrutura pré-moldada em ferro e paredes de vidro, que recebe vários movimentos culturais e exposições. Foi inaugurado em 1884 e foi ali, que em abril de 1888, com a presença da Princesa Isabel, foram libertados os últimos escravos de Petrópolis, em uma bela festa.
- Catedral de São Pedro de Alcântara: dedicada ao padroeiro da cidade e da Monarquia Brasileira, tem estilo neogótico, duas pontiagudas torres laterais, vitrais maravilhosos e abriga o mausoléu da família imperial. Tem um pátio grande e uma escadaria que rende fotos bem bonitas.
- Palácio Rio Negro: foi construído em 1889 e usado por muitos anos como residência de verão dos presidentes do Brasil. A visita é grátis e nela podem ser observados 2 quartos com móveis originais do Presidente Getúlio Vargas, assim como sua banheira ou ‘piscina privativa’. Subindo a escada que dá acesso ao segundo piso, você vai acompanhando uma galeria com fotos dos presidentes que já se hospedaram ali. Tudo muito bem cuidado e organizado, vale a visita!
Nesse dia nosso almoço foi no Restaurante Brasileirinho da Rua 13 de Maio, servido num Buffet self service simples, mas limpinho e honesto, com arroz, feijão, saladas e dois tipos de carne. Deu pra enganar as lombrigas sem esforço.
Seguindo nossas andanças, demos de cara com a Igreja Luterana de Petrópolis, que é o mais antigo templo religioso da cidade, inaugurado em 1863. Foi erguido sendo uma construção simples e só em 1903 foi acrescida a torre em frente à casa. Em 1916, recebeu um órgão de tubos que pesa 6 toneladas, que ainda hoje ali se encontra. E para provar que o mundo é muito pequeno, fomos recebidas pelo colaborador Sr. Marcos, que prontamente nos mostrou e explicou tudo do local, e durante a conversa ficamos sabendo que ele tem parentes na nossa cidade de Blumenau/SC. Muito bacana!
- Casa da Ipiranga ou Casa dos 7 erros: estava fechada quando chegamos e como não queríamos aguardar acabamos fazendo fotos só no jardim. Foi construída em 1884 e seu apelido decorre de pequenas diferenças entre os telhados e as janelas dos lados esquerdo e direito da sua fachada. Dizem que abriga bonitas pinturas e painéis, além de um lustre de bronze banhado a ouro. Já foi palco de gravação de novelas e clipes, e foi a primeira residência de Petrópolis a receber energia elétrica. Infelizmente neste ano de 2019 encerrou as atividades de visitação ao público.
Andando por Petrópolis, você observará belíssimas construções da época do império, todas muito bem conservadas. É o caso da Casa da Princesa Isabel, que serviu como residência e hoje abriga espaço destinado a eventos culturais. Outras dessas construções abrigam bancos, restaurantes e até mesmo a Prefeitura.
Para encerrar as atividades da tarde, não satisfeitas com o tanto que já tínhamos caminhado, fomos bater perna na famosa Rua Teresa. O problema é que até chegarmos nela, erramos o caminho provavelmente algumas vezes e andamos o dobro do que precisaríamos. Até no meio de bancadas de feira que já estava fechando, nós passamos. A Rua Teresa pode ser considerada um shopping a céu aberto, é o maior pólo de moda da região serrana, abriga mais de 1200 lojas e emprega cerca de 40000 pessoas. Os preços são variados, desde peças bem baratas até as mais caras. Para os consumistas de plantão, a tentação é grande.
Para essa noite, nossa programação era no complexo do Museu Imperial, que ficava bem próximo do nosso hotel. Primeiro assistimos “Um Sarau Imperial” que é uma dramatização interativa baseada em trechos da correspondência da família imperial. O espetáculo é muito divertido e aborda várias comparações de costumes da época do império com a atualidade, durante um chá da tarde entre amigas.
Depois participamos do espetáculo Som e Luz, que é uma verdadeira viagem aos tempos de D. Pedro II. Durante 45 minutos, os espectadores acompanham os principais fatos que marcaram o Segundo Reinado, tendo os jardins do Museu Imperial como cenário. Lá, uma cortina d'água com seis metros de altura e 17 metros de largura funciona como uma tela de cinema, projetando episódios relativos à história do país, como a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. É emocionante! Nós diríamos que são dois espetáculos que não devem ser perdidos. Tínhamos comprado os ingressos já no sábado de manhã e pagamos R$ 34,00 cada pelo pacote.
Em seguida, fomos fechar o sábado na Pizzaria Di Farina, altamente conceituada na cidade, instalada em uma bela casa. Serve a autêntica pizza napolitana, utilizando ingredientes de alta qualidade que rendem um sabor inigualável aos pratos. De lamber os beiços!
20/08/2017 – Domingo
Depois de uma boa noite de sono e de um revigorante café da manhã, chamamos o táxi para ir a outro bairro, dando seqüência à nossa programação.
- Palácio Quitandinha: é um palácio brasileiro que foi construído a partir de 1941 para ser o maior cassino hotel da América do Sul. Possui 50 mil metros quadrados e 6 andares, divididos em 440 apartamentos e 13 grandes salões. Atualmente, os apartamentos pertencem a particulares e formam um condomínio, e a parte social e administrativa é administrada pelo SESC Rio. Passeando pelos salões ficamos encantadas com o tanto de luxo encontrado em cada cantinho.
A cozinha é enorme e a piscina coberta tem profundidade que varia de 0,75m a 4,75m. Em frente ao prédio tem um lago com formato do mapa do Brasil. É realmente uma atração encantadora, localizada numa das regiões mais nobres da serra fluminense. Pagamos R$ 8,00 pelo ingresso.
Voltando à região do centro histórico, já era quase hora do almoço. Fomos direto ao Museu Imperial, comprar o ingresso para a visitação, que iríamos fazer depois de almoçar.
Comemos por ali mesmo, no Duetto’s Café, que fica nos jardins do museu. Serve doces e salgados, numa casinha rústica com toque europeu, e vende também lembrancinhas da cidade.
- Museu Imperial ou Palácio Imperial: é um museu histórico-temático, instalado no antigo Palácio de Verão do imperador Dom Pedro II. Possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em especial o chamado Segundo Reinado, constituído por peças ligadas à monarquia brasileira, incluindo mobiliário, documentos, vestimentas, obras de arte e objetos pessoais de integrantes da família imperial. Na entrada você troca os seus sapatos por pantufas de material bem macio, que conforme o seu deslocamento já vão lustrando o chão. É tudo muito bem conservado e reluzente.
O ingresso também dá direito a conhecer a garagem das viaturas, dentre as quais a Carruagem Cerimonial, que foi usada na coroação de Dom Pedro II e também no casamento de suas 2 filhas. O jardim do entorno é maravilhoso e ainda tivemos acesso a loja de souvenirs. O ingresso custou R$ 10,00.
Logo em frente ao Museu Imperial fica o Palácio Amarelo, que é um palacete que fica na Praça Visconde de Mauá e atualmente é a sede da Câmara Municipal de Petrópolis. Na praça fica o Chafariz da Águia e naquele dia também acontecia uma feirinha por ali. O ingresso pra conhecer o palácio foi gratuito.
Para o café da tarde, chamamos um táxi e fomos mais uma vez na loja dos Chocolates Katz, pra tomar um café e comprar mais uns ‘regalos’ pra família.
E na última noite da viagem, jantamos na Choperia Casa D’Angelo, que é um bar e restaurante centenário, localizado no centro histórico, na esquina da Praça Dom Pedro. O local é bem decorado, com estantes de época e belos lustres. É freqüentado por um público bem variado, desde famílias até grupos de amigos que gostam de uma roda de samba na calçada.
Logo ao lado também fica o Obelisco, que foi erguido em 1957, alusivo ao primeiro centenário de elevação de Petrópolis à categoria de cidade. Ele tem 20m de altura e nessa noite estava lindamente iluminado de verde.
Como voltamos a pé para o hotel, ainda pudemos ver a iluminação maravilhosa dos fundos do Museu Imperial. Um encanto!
21/08/2017 – Segunda-feira
E o início da nova semana marcava também o nosso retorno pra casa. Tomamos o café da manhã com muita calma e depois começamos a fechar nossas malas. O mesmo motorista que subiu a serra conosco também desceu e nos levou ao aeroporto. Tivemos um probleminha com um dos vôos da Avianca, que precisou trocar a comissão de bordo, o que nos atrasou um pouco. Mas, fora isso, a volta foi tranqüila e a chegada ao lar sempre muito reconfortante.
Dessa forma encerramos mais um passeio, que nos enriqueceu e revigorou.
Até a próxima!
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