Mi Buenos Aires Querida
- amigasestradeiras
- 11 de ago. de 2018
- 9 min de leitura
Atualizado: 27 de jul. de 2023
Buenos Aires – 24/04 a 29/04/2013
E o nosso próximo destino para desbaratinar do corre-corre da vida diária, foi Buenos Aires, em abril de 2013. Como ainda não estávamos tão espertas em relação a programar as viagens sozinhas, recorremos aos serviços da CVC, que sempre nos ajudava com eficiência. Novamente fomos em dupla, Daniela e Andréa, pois a Udi mão pôde ir nesta viagem. Além do que já tínhamos conhecido em 2010, quando estivemos lá com o cruzeiro, desta vez tivemos oportunidade de conhecer muitos outros lugares, afinal foram 6 dias de passeio. Temos certeza que vão gostar dessa leitura recheada de momentos incríveis.
24/04/2013
Enfim, depois de 3 meses de espera, chegou o dia de nossa viagem.
Saímos de casa com o coração apertado, às 09:45h da manhã.
Seguimos ao aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, antes passando pelo estacionamento Mar Park onde deixaríamos o carro pelos próximos 6 dias.
Ainda no caminho paramos para almoçar num restaurante muito simples, onde o Buffet livre custava sugestivos 8,91 reais.
Chegando ao aeroporto fomos direto fazer o check-in, para despacharmos as malas e nos vermos livres daquele peso.
Chegada a hora do embarque, por volta de 13:30h, começaram os estresses: a Dani não passou no detector de metais e precisou tirar as botas para fazê-lo. Fora isso ainda precisou abandonar um frasco contendo restos de creme pela embalagem ser muito grande.
Após esse episódio, que já nos deixou acaloradas, embarcamos rumo ao nosso destino.
O vôo foi tranqüilo e também não tivemos nenhum problema ao passar pela imigração no aeroporto de Ezeiza. A CVC já nos aguardava e no trajeto até o hotel, que ficava 34 km distante, a guia nos deu dicas bastante úteis sobre costumes, gastronomia, lazer, economia.
Chegando ao nosso hotel, o Unique Park Central, preenchemos nossa ficha, compramos um pacote de internet de 12h por 14 dólares e subimos curiosas ao quarto andar, quarto 405, para ver o que nos aguardava.
Ficamos surpresas!
Quarto excelente, camas confortáveis, banheiro bom (com banheira e telefone... hehe), vista para o Obelisco, a luz um pouco suave demais, mas conseguíamos enxergar o necessário.
Ajeitamos as nossas coisas, mandamos e-mail às famílias, tomamos banho e saímos para jantar.



A excelente localização do hotel nos permitia fazer quase tudo a pé e nos dava muitas opções de lazer, compras, gastronomia. Escolhemos a pizzaria Banchero, onde comemos uma saborosa pizza de calabresa com “papas” fritas. Estranhamos muito o preço da água mineral: 16 pesos por 500ml (3 pesos = 1 real). Nos próximos dias, íamos fazer compras no Carrefour e armazenávamos no frigobar do quarto.
Retornamos ao hotel satisfeitas pelo início da viagem, porém ansiosas pelo que nos aguardava. Na hora de dormir, percebemos o único defeito do quarto: os travesseiros eram bastante duros.
25/04/2013
Depois de uma noite que pra Andréa foi mal dormida, pois precisa de um período de adaptação, descemos para tomar o café da manhã que, de uma forma geral, nos agradou. Como diferenças com o que estamos acostumadas aqui, podemos citar a falta de queijo e o fato deles servirem muitas sobremesas já logo cedo.
Às 09:00h a CVC nos buscou para o city tour, cujos guias Fabio e Gustavo eram bem legais, descontraindo bastante a turma do ônibus.
Passamos por vários lugares interessantes e paramos para compras e fotos no Caminito, bairro La Boca. Lá compramos uma bela pintura de um artista local por 17 dólares.



Saindo de lá fomos almoçar no Café de Los Angelitos, refeição oferecida pela CVC, onde o cardápio nos oferecia um prato feito de frango (pojo) ou porco e uma sobremesa de maracujá ou caramelo.



Durante o almoço conhecemos pessoas muito bacanas, inclusive um casal de SP que voltamos a encontrar em outros dias, mais umas meninas de Minas Gerais, que estavam hospedadas no “nosso” hotel, com quem trocamos experiências de viagens.
Esse almoço ainda incluía uma mini aula e apresentação de tango, mas não ficamos até o fim e seguimos nosso passeio.
Fomos visitar o Teatro Colón, que ficava bem próximo do hotel.
Lugar lindo, muito rico em detalhes, onde tivemos a grata satisfação de ver durante 5 minutos o ensaio da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires que se apresentaria ali naquela noite.


Seguindo, fomos passear mais um pouco pela cidade e paramos para lanchar no MC Donalds. Naquela noite, após mandar notícias por e-mail às nossas famílias, começamos a nos arrumar para o recomendadíssimo show de tango na casa de shows Sr. Tango, para o qual a CVC vinha nos buscar às 21:00h.

Chicas lindas e cheirosas, curtimos muito aquela noite mágica, com uma apresentação mais linda que a outra, tendo valido cada centavo que pagamos.
Amenizamos o calor que estava lá dentro, solicitando que ligassem o ventilador que balançava nossas madeixas e degustando uma cerveja Quilmes que consideramos muito saborosa.



Fomos atendidas por um garçom muito gentil, que não nos poupou de uma cantada barata.
Voltamos ao hotel por volta de 01:00h da madrugada, sabendo que iríamos dormir pouco, pois às 09:00h a CVC já nos aguardaria novamente.
26/04/2013
Depois de poucas horas de sono, levantamos e fomos tomar café.
Conforme combinado, às 09:00h a CVC nos buscou, desta vez para o passeio no Rio Tigre.
Para chegar lá, pegamos a auto-pista e passamos por vários lugares, entre eles San Isidro onde paramos para lanche, compras, fotos.
De lá fomos a Tigre, onde passeamos de catamarã pelo rio, avistando nas margens belíssimas casas e paisagem deslumbrante.




Todo esse passeio foi registrado pelo cinegrafista Guilherme, e o DVD podia ser adquirido no desembarque por 80,00 reais, por quem tivesse interesse. Nós acabamos comprando.
Seguindo, a CVC nos levou para almoçar no restaurante IL Gatto, onde comemos uma deliciosa massa. Esse almoço aconteceu por volta de 15:00h, o que fez com que, nessa altura do campeonato, estivéssemos verdes de fome.




Continuamos nosso dia em posse do guia Quatro Rodas e do GPS do celular da Dani, que nos orientavam perfeitamente.
Saímos do restaurante que ficava em Puerto Madero e nos dirigimos ao centro, passando pela Casa Rosada, Catedral Metropolitana, Plaza de Mayo, indo terminar o bate pernas na rua Florida, mais especificamente nas Galerias Pacífico, que por sinal é muito sofisticada e fica longe da nossa realidade na questão “preços”.



Pensamos em trocar dólares por pesos argentinos lá dentro, mas nos negamos a receber 5 pesos por 1 dólar. Fizemos essa troca em outro momento, com o guia da CVC que pagou 7,50 pesos por 1 dólar.
Ainda nesta tarde, numa galeria qualquer da rua Florida, a Andréa comprou uma bolsa por 399,00 pesos, a qual passou a usar já no dia seguinte, abandonando a antiga na lixeira do hotel.
Nessa noite fomos ao Hard Rock Café, no bairro da Recoleta e usamos o taxi pela primeira vez, serviço que não achamos caro.
Lá nos deparamos com um lugar muito bacana, bem decorado, música boa, gente bonita e um lanche enorme e delicioso. O garçom, muito atencioso, nos ajudou a decifrar uma palavra que nos perseguia nos cardápios: jamón = presunto.

Para findar o dia, voltamos ao hotel cansadas, porém satisfeitas. Ventava muito naquela noite e a previsão dizia que o tempo mudaria no dia seguinte, o que nos preocupava um pouco, pois estávamos achando ótimos os dias ensolarados e de temperatura agradável.
Mesmo com sono, ainda assistimos o DVD do passeio da manhã e demos boas risadas com as imagens.
27/04/2013
Neste dia, como não tínhamos compromisso com a CVC, estávamos mais relaxadas.
Depois do café, nos arrumamos com calma e pegamos o taxi em direção ao Jardim Japonês, no bairro Palermo. Não podia ser melhor!
Lugar muito lindo e tranqüilo, ideal para começar o dia com uma sensação incrível de paz. Adquirimos uns presentes na loja de souvenirs, fizemos muitas fotos e saímos de lá felizes.
O tempo ainda estava bom, porém algumas nuvens já se formavam.



Fomos ao zoológico de Buenos Aires, no mesmo bairro, onde nos guiamos por um mapa, pois era muito grande... e bonito! Só ao final do passeio percebemos um equívoco: pensávamos que era nesse zoo que se interagia com os animais, quando na verdade era em Luján, que fica na periferia da cidade. Mas nos perdoamos pelo equívoco!


Após o almoço, que foi um lanche dentro do zoo, fomos à rua dos outlets, a famosa Avenida Córdoba, onde encontramos as lojas da Nike, Levi’s, Lee, entre outras. Novamente ficamos frustradas com os preços que não eram atrativos.
Cansadas, pegamos um taxi até o bairro Monserrat para tomar café na tradicional Cafeteria “Café Tortoni”. Esta é considerada um ponto turístico de Buenos Aires, sendo o mais antigo café da cidade, fundado em 1858, atraindo muitos visitantes. Comemos torta de limão e churros, o que nos fez lembrar Blumenau.


Seguimos a pé para o hotel e demos uma descansada antes de sair para jantar. Seguindo uma dica que recebemos, fomos ao pub El Álamo. A essa altura já chovia um pouco, então fomos de taxi (que aliás, cobrava uma taxa extra quando nos buscava no hotel).
Chegando lá, já estranhamos as portas fechadas e um enorme segurança na porta que nos intimidou um pouco, mas permitiu nossa entrada. Foi grande a nossa decepção com o ambiente escuro, nem um pouco acolhedor, uma recepcionista grossa e música que não nos agradava. Pra piorar, o ingresso custava 50,00 pesos, o que facilitou nossa desistência do local.
Toda essa muvuca nos levou à esquina, mais precisamente à pizzaria Santa Fé 1234, onde comemos uma gostosa pizza, num ambiente acolhedor, com ótimo atendimento.
Não querendo andar na chuva, pegamos novamente um taxi para voltar ao hotel. Era hábito chegar e ligar a TV, mas só pra ter um som a mais no quarto, pois não compreendíamos muito bem a língua local. Nunca pensamos em dizer: que saudade das novelas brasileiras!
28/04/2013
Domingo em Buenos Aires... a cara da riqueza!!!
Após o café chamamos um taxi e nos dirigimos a San Telmo, na famosa feira de antiguidades. Nos deparamos com várias ruas invadidas por barracas super atrativas, com grande variedade de produtos, desde os mais antigos até lembranças de viagem.
A princípio garoava, mas não demorou para o sol aparecer. Nesse dia a temperatura estava mais amena, diferente dos dias anteriores. Caminhamos bastante por essas ruas, compramos presentes, fizemos fotos com a imagem da Mafalda (tradicional personagem argentina).


Depois rumamos a pé para Puerto Madero, onde almoçamos um variadíssimo bufê no restaurante Brasas Argentinas, que tinha cardápio de várias partes do mundo (de longe nossa refeição mais cara, em torno de 140,00 pesos para cada, com sobremesa... rsrs).

Dali fomos ao bairro da Recoleta, visitar o cemitério onde está enterrada Eva Perón. Ficamos espantadas com o estilo e tamanho dos jazigos. Muito grande, o local oferecia até passeios guiados, além de um mapa logo na entrada para facilitar a visita.


Logo na frente deste, encontramos uma sorveteria Freddo, onde a Dani degustou um sorvete de doce-de-leite. Delicioso!

Seguimos a pé até a centenária livraria El Ateneo, considerada uma das mais bonitas do mundo. Instalada num antigo teatro, o local é digno da visita e é fácil ficar lá por horas. São vários andares, abarrotados de prateleiras com livros, discos, papelaria. A decoração é maravilhosa e o ambiente muito convidativo. Imperdível!


De lá, fomos novamente à Rua Florida, pois a Dani queria comprar uma bolsa que tinha visto num outro dia. Mas, tivemos azar, e a galeria estava fechada. Então, batemos mais perna, tomamos café e depois voltamos ao hotel.
Nesta noite fomos ao Casino Puerto Madero, que fica instalado em um grande navio. São vários andares, recheados de máquinas caça-níquel ou mesas de jogos, com os quais gastamos míseros 7,00 pesos, pois não entendemos como os jogos funcionavam. Ficamos ‘beges’ quando entramos em uma sala onde era permitido fumar e saímos de lá defumadinhas.

Jantamos por lá mesmo e ainda vimos uma apresentação de rock das antigas, com uma banda cover do Queen. Muito bom!
E lá fomos nós, voltar ao hotel, para a nossa última noite em colchão argentino.
29/04/2013
Despertamos para o último dia de nossas mini férias, já tristes pela partida. Depois de uma enroladinha na cama, descemos para tomar café. Nossa coisas já estavam semi-arrumadas, portanto, depois do desjejum, saímos mais uma vez rumo à rua Florida, para as comprinhas de última hora.
A Dani conseguiu comprar a bolsa que queria e aproveitamos também para conhecer a “rua do ouro”, onde uma ao lado da outra as vitrines exibiam peças lindas e valiosas.
Por volta de 11:00h voltamos ao hotel, tomamos um banho, fechamos as malas, fizemos check-out e saímos para almoçar.
Deixamos nossas malas “acorrentadas” no saguão do hotel, para onde retornamos depois de comer "tostada" (misto quente) e “exprimido de naranja”, de onde a CVC nos buscou com destino ao aeroporto de Ezeiza.

Já no carro da CVC, nos acompanharam duas senhoras de Florianópolis (mãe e filha), que por sinal eram muito enjoadas e reclamavam de tudo: temperatura do ar-condicionado, velocidade do carro, valor do dólar, problemas pessoais. Voltamos a encontrá-las na hora do check-in, quando solicitaram um guichê especialmente pra elas, provavelmente pela idade da mãe. Esses momentos nos ensinam a enxergar as diferenças e ter paciência.
Logo após o check-in tivemos acesso ao Duty Free do aeroporto, onde gastamos nossos últimos pesos argentinos com comprinhas pequenas tipo cremes da Victoria Secrets e doces M&M.

Decolamos rumo a Floripa no horário marcado, chegando ao nosso destino às 20:00h.
O esquema do estacionamento funcionou muito bem e o motorista veio nos buscar assim que ligamos para avisar nossa chegada.
De lá seguimos para casa, onde chegamos perto de 23:00h sem nenhum contratempo.
E então, reencontrando nossas famílias, nossos cães e nossos travesseiros, ficou fácil afirmar:
“É bom partir, mas muito melhor voltar!"
Assim, com muita satisfação pelos dias vividos, termina mais uma história das amigas estradeiras.
Mas aguardem... em breve tem mais!
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