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Fim de semana na Colônia Witmarsum

  • Foto do escritor: amigasestradeiras
    amigasestradeiras
  • 21 de set. de 2021
  • 7 min de leitura

Colônia Witmarsum – 28 e 29 de agosto de 2021


Esse foi mais um passeio lindo das estradeiras para o estado do Paraná. Saímos da Vila Itoupava às 6:00h da manhã de sábado, com tempo nublado até um pouco chuvoso, mas cheias de disposição para o nosso fim de semana planejado com carinho. Chegando em Curitiba depois de umas três horas de viagem, paramos num posto para um rápido lanchinho e esticar de pernas. Dali eram só mais uns 60 km para chegarmos no nosso destino. Assim sendo, por volta das 10 horas estávamos entrando em Colônia Witmarsum.


A Colônia Witmarsum é um pequeno bairro formado por uma colônia de imigrantes alemães que fica na cidade de Palmeira, na região dos Campos Gerais do Paraná. Ela foi formada em 1951, tem cerca de 1500 habitantes e sua economia é baseada na agropecuária, sobretudo no setor da pecuária leiteira. Recebe muitos visitantes de Curitiba e Ponta Grossa, que estão atrás de descanso ou de uma deliciosa refeição, já que o lugar conta com apetitosos cafés coloniais. Sabe aquele lugarzinho pacato, muito ordeiro, com casas fofas e lindos jardins? Assim podemos definir esse vilarejo. Já ficamos impressionadas logo na chegada, quando passamos por um ‘túnel’ formado por um arco de árvores e mais adiante com a arquitetura do local.


‘túnel’ formado por um arco de árvores



Nossa primeira parada foi na Feira do Produtor, que reúne produtos locais como geléias, cervejas, doces, artesanato. Pelo fato dela acontecer numa área descoberta, somando-se a isso o tempo instável, muitos produtores não estavam por lá. A feira acontece todos os sábados das 9h às 17h, porém nesse dia acabou encerrando antes, justamente pela instabilidade do clima.


Feira do Produtor

Já ali ao lado fica o Centro de Informações Turísticas da colônia (CIT), que foi nossa segunda parada. Está abrigado numa bonita edificação que lembra a técnica do enxaimel. Além de diversas informações turísticas e do mapa da cidade, ali também é possível adquirir vários produtos da colônia como queijos, vinhos, bolachas, geléias, imãs. Atende todos os dias da semana, das 8h às 18h.


Centro de Informações Turísticas da colônia (CIT)

Interior do CTI

Logo ao lado do CIT fica o Heimat Museum, que foi fundado em 1989, como uma iniciativa da comunidade para preservar a história local. Está abrigado numa casa tombada como patrimônio histórico do Estado do Paraná, que foi sede da antiga Fazenda Cancela. O acervo é composto por móveis, objetos, fotos e equipamentos dos antepassados da colônia. Estava fechado para restauro, mas as fotos da casa em estilo europeu/italiano já valeram a pena.


Heimat Museum
Heimat Museum

Em frente a esses dois pontos fica a Cooperativa Agroindustrial Witmarsum, empreendimento criado em 1952, que beneficia o leite produzido nas propriedades dos cooperados locais. Esse chega ao mercado com a marca Cancela e também na forma de queijos finos, muito apreciados, com a marca Witmarsum. Também processa cereais advindos de diversos cooperados que tem como principal atividade a agricultura.


Cooperativa Agroindustrial Witmarsum

Dali fomos dar entrada na pousada que tínhamos pré reservada, a Frutilhas Lowen. Essa realmente dividiu as nossas opiniões. Ao mesmo tempo que a proposta de fazer uma pousada de 4 quartos numa antiga casa de família é muito louvável, no local faltavam alguns cuidados básicos. No nosso quarto tinha duas lâmpadas queimadas, a pia do banheiro estava entupida, os travesseiros estavam pedindo novos, o jardim dos fundos do quarto estava bastante desorganizado. Dava impressão de desleixo e o valor da diária não foi barato. Pelo fato da casa ser pequena e de madeira, com os quartos todos bem pertinho, ouvia-se a conversa e os barulhos dos hóspedes vizinhos. O café da manhã foi servido no restaurante do local, que ficava num prédio logo ao lado. Não foi um dos mais fartos que já degustamos, mas tinha pães, tortas, salsichões e um apfelstrudel (folhado de maçã servido quente) bem gostoso.


entrada para Pousada e Restaurante

entrada para Pousada
fundos do quarto

Café da manhã



Como ali na pousada também tinha restaurante aberto ao público, foi lá que almoçamos no sábado. O sistema é à la carte, com um cardápio não muito extenso, mas satisfatório. Experimentamos o spätzle com goulash e essa mesma massa com um molho de queijos, e ambos os pratos estavam bem gostosos. Para acompanhar, uma jarra com suco de frutas vermelhas cultivadas ali mesmo. Muito bom! O preço dessa refeição foi justo.


spätzle com molho 4 queijos

Após o almoço fomos dar uma volta e conhecer o comércio da região. Começamos pela Loja Bauernstube, que vende o trabalho de quatro artesãs locais, voltado ao bauernmalerei, que é um artesanato rústico alemão caracterizado principalmente por pinceladas livres e espessas com tema floral. Tudo muito lindo!


Loja Bauernstube

Loja Bauernstube

Loja Bauernstube

Loja Bauernstube

Outra loja de parada obrigatória é a Toll. Já é uma graça na área externa, mas internamente é de encher os olhos. São vários objetos de arte e decoração, em sua maioria vindos da Alemanha. Muita qualidade e acabamento impecável que justificam os preços mais elevados. Porém, quem preza por peças diferenciadas, com certeza vai encontrar ali. São principalmente peças em madeira, como os bonecos e relógios de parede, além da decoração natalina, dos livros, das velas e das guloseimas. Maravilhosa!






A Igreja Evangélica Menonita de Witmarsum estava fechada para visitação naquela tarde, mas como o portão estava aberto, paramos para fazer fotos no seu belíssimo e impecável jardim florido. O dia estava nublado, mas o colorido das flores deu cor ao nosso dia, além da paz que sempre sentimos quando vamos visitar algum templo religioso. Pela inscrição frontal, a construção é datada de 1962 e até onde nos informaram, alguns cultos ainda são ministrados na língua alemã.


Igreja Evangélica Menonita de Witmarsum

Um dos locais mais freqüentados pelos visitantes que querem uma tarde descontraída é a Cervejaria Usinamalte. Esta é uma microcervejaria germânica que conta com sala de degustação, visita guiada à fábrica, bar, loja, jardim e espaço para eventos. Quase sempre tem música ao vivo, além de uma pousada logo ao lado. As estradeiras adquiriram alguns rótulos de cerveja para presentear os familiares.


Cervejaria Usinamalte

interior da Cervejaria Usinamalte

Para o café da tarde escolhemos a Confeitaria Lecker, uma das mais recomendadas da região. Orientadas pelo mapa da cidade, encontramos o local, abrigado numa simpática casinha rodeada por árvores. A decoração é graciosa, o atendimento muito cordial, o preço justo e as comidas deliciosas. Provamos tortas, waffle e a flammkuchen de marguerita, que é uma espécie de pizza com massa muito fina e recheios diversos. Para espantar o friozinho gostoso da tarde, nada como uma boa xícara de café e muito calor humano. Nota 10!!!


Confeitaria Lecker

balcão de delícias da Confeitaria Lecker

waffle

flammkuchen

Antes de voltar à pousada ainda passamos na loja Delícias da Sogra. Que lugar bacana! Ali adquirimos geléias, bolachas, chocolate, queijo, vinho, souvenirs diversos. Também servem café e tortas para consumo no local. Fomos atendidas pela proprietária, que foi muito querida e atenciosa, inclusive disponibilizando mudinhas de ruibarbo pra nós, que é uma planta que não se encontra na nossa região. Ficamos muito gratas pela gentileza e recomendamos muito a visita ali. Nota 10 também!


loja Delícias da Sogra

loja Delícias da Sogra

Depois de um banho revigorante, foi hora de sair pra jantar. O local escolhido foi o Bier Döner, que é o bar de fábrica da Cervejaria Kunst Brauerei. O cardápio tem como prato principal o döner kebab, que é tradicionalmente turco, mas aceito já há alguns anos na culinária alemã. É composto por uma carne bem temperada, empilhada em um espeto vertical giratório e cortada em fatias finas, servida com salada e molho de sua preferência dentro de um pão. E acompanhado de um chopinho então... fica perfeito!



Na manhã de domingo, tomamos o café na pousada, fechamos nossas malinhas e partimos pra mais um dia de passeios. Começamos pela Ponyland, que é uma grande propriedade, acho até que podemos chamar de fazenda, onde tem criação de pôneis, cabras, cavalos, coelhos. Além disso, tem pedalinhos na lagoa, passeio de trator ao mirante, cavalgada e um amplo jardim florido e arborizado. Recentemente foram inaugurados ótimos chalés, que pudemos conhecer, para quem quiser passar o fim de semana lá com eles. Também tem restaurante, em um amplo salão, onde nós almoçamos. O sistema é de buffet pago por peso, a variedade de comida nos agradou muito, assim como o sabor. Ainda tivemos a grata satisfação de conversar com a proprietária do local, dona Marta, uma simpática e agradável senhora, que nos contou sobre os tempos antigos e sobre a religião menonita. Que privilégio! O ingresso para adentrar na propriedade custou R$ 10,00 e algumas das demais atividades são pagas à parte.


Ponyland

Ponyland
Chalés para locação

Restaurante

lindos jardins

De lá seguimos para o Lavandário Vale dos Sonhos, juntamente com a loja Armazém do Campo. Pensem num cantinho lindo e cheiroso. Pois foi ali, em meio a muitos tons de lilás, que nos deparamos com jardins de lavanda, com sabonetes perfumados, óleos essenciais, chás, geléias e afins, tudo oriundo dessa delicada flor. Nos fundos da loja, vários hectares de terra, que demonstram a grandeza e beleza dos Campos Gerais do Paraná. Numa boa parte, com planos de expansão, já existe uma grande plantação de lavandas, junto a um celeiro em estilo texano que dá todo um charme ao lugar. Não fomos conferir a plantação bem de perto, pois nos informaram que devido às fortes geadas deste inverno, as flores não estavam muito azuis. Mas só de longe já era lindo de se ver. Ali também tivemos o prazer de encontrar a proprietária, senhora Dagmar, que com toda sua simpatia nos proporcionou uma boa conversa na língua alemã. E ainda nos presenteou com um mimoso buquezinho de lavandas e um pote de sorvete dessa flor, que eles mesmos produzem. Delicioso! As estradeiras piram numa gentileza!


loja Armazém do Campo

loja Armazém do Campo

loja Armazém do Campo

loja Armazém do Campo

Lavandário Vale dos Sonhos

loja Armazém do Campo


Antes de partir com destino a Blumenau, ainda paramos mais uma vez no CIT para comprar queijos frescos e depois, por volta das 15 horas, iniciamos nosso retorno pra casa. Já em Joinville, no fim da tarde, paradinha básica no Posto Rudnick para tomar um cafezinho e esticar as pernas. Logo mais estávamos de volta aos nossos lares, sempre gratas pelas oportunidades, pela proteção no caminho e pela nossa amizade tão sincera.


Saudações estradeiras... até a próxima resenha!!!


Dicas:


A maioria dos estabelecimentos da colônia (lojas, restaurantes, pousadas, atrações) só abrem nos fins de semana e feriados. Além disso, vários desses locais preferem atender mediante reserva. Informe-se bem antes de ir.


Vá com tempo e paciência! Pelos comentários, percebemos que em muitas datas a colônia recebe muitos visitantes ao mesmo tempo e, pelo fato dos lugares serem pequenos, agravando o fato de estarmos em tempos de pandemia, formam-se filas principalmente nos restaurantes.


Procure ir com tempo bom. Nós tivemos muita sorte do tempo estar nublado, mas não ter chovido, pois teria sido bem complicado esse passeio com chuva. Esse clima instável espantou muitos outros turistas e deixou os locais com fácil acesso, sem filas e com agilidade, fato que otimizou bastante o nosso tempo.


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1 Comment


marygrosszick
marygrosszick
Oct 24, 2021

Sempre fico encantada com as belezas do Paraná! Obrigada por compartilhar esse passeio bucólico meninas! Amei as dicas!

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