Holambra - A incrível capital nacional das flores
- amigasestradeiras
- 27 de mar. de 2020
- 11 min de leitura
Atualizado: 2 de out. de 2023
Destino Holambra – 13 a 16 de junho de 2019
A partir de agora vocês vão ler a resenha de, sem dúvida, umas das melhores viagens que as amigas estradeiras fizeram. Saímos de Blumenau na quinta-feira de manhã, rumo ao aeroporto de Joinville, de onde sairia nosso vôo pra Campinas ( aeroporto de Viracopos ) pela Cia Aérea Azul. Deixamos o carro no estacionamento do próprio aeroporto, pelos próximos 3 dias.

Holambra é um município brasileiro do estado de São Paulo, fundada em 14 de julho de 1948. Seu nome, junção de Holanda, América e Brasil, se dá em virtude da colônia holandesa que se firmou na antiga fazenda Ribeirão. A cidade destaca-se pelos altos índices de qualidade de vida e de segurança do Brasil. Com mão de obra qualificada no setor agrícola, o município é considerado o maior centro de produção de flores e plantas ornamentais da América Latina. Holambra é considerada oficialmente uma estância turística e anualmente promove a maior exposição de flores da América Latina, a Expoflora, geralmente no mês de setembro.
Chegando em Campinas, estávamos ainda 40 km distantes do nosso destino. Para o translado de aproximadamente 50 minutos, já havíamos contratado um motorista, tanto para a ida quanto para a volta, indicado pelo hotel onde nos hospedaríamos. Esse trajeto foi bem tranqüilo, sem percalços ou atrasos e custou R$ 290,00 para os dois trechos, em carro particular.

No início da tarde demos entrada no hotel que havia sido reservado com antecedência, o Holambra Garden Hotel. Podemos falar que as instalações eram muito boas, espaçosas e limpas, quarto grande e bem confortável, chuveiro bom, além de excelente localização, muito próximo de todas as coisas legais. O café da manhã não era fartíssimo, mas tinha tudo o que precisa pra ser completo. O valor pago pelas 3 diárias foi R$ 1.000,00, em apartamento triplo.



Depois de dar uma esticada nas pernas, saímos para tomar um café nos arredores do hotel. Começamos o passeio pelo Boulevard Holandês, que é um calçadão turístico maravilhoso, arborizado, com lojinhas e restaurantes, além de painéis coloridos e graciosos. É uma delícia andar por ali e rende fotos lindas. Tudo é muito organizado, limpo, colorido, impecável, na cidade toda como percebemos nos próximos dias.


Escolhemos a renomada e tradicional confeitaria e restaurante Martin Holandesa para tomar um café, onde saboreamos entre doces e salgados, a deliciosa torta holandesa. O ambiente ali era moderno, mas bem aconchegante. Achamos o atendimento do garçom um pouco demorado e a moça do caixa com cara de poucos amigos mas, nada que nos faça não indicar a visita, tanto que até voltamos lá pra jantar em outra noite.



Naquela noite, para o jantar, escolhemos a Hamburgueria Don Hamburgo, que, coincidentemente ficava bem ao lado do nosso hotel. Dessa forma, otimizou muito o nosso dia, já que estávamos cansadas da viagem. A classificação do local por nossa parte é excelente. Comida apetitosa, lanches fartos e bem servidos, atendimento cordial e preço justo. A Udi fala até hoje que foi o melhor hamburger que comeu nos últimos tempos.


Na manhã seguinte, depois de uma boa noite de descanso e de um belo desjejum, seguindo orientações do pessoal da recepção, fomos passear pelos arredores. Como o hotel era super bem localizado, ficava fácil chegar nos pontos mais legais da cidade.
Começamos pelo Parque Van Gogh, que fica às margens do Lago do Holandês. É um espaço cultural e de lazer que, em meio a árvores, orquídeas e chalés, exibe réplicas do pintor holandês Vincent Van Gogh. Lindíssimo!



Atravessando a rua já nos deparamos com o letreiro da cidade, muito fofo e colorido, que fica na Praça dos Coqueiros. Mas além do letreiro, a praça tem estátuas do ‘Tulipo’, que é o mascote de Holambra, cheias de cor e alegria, e também bancos embaixo de árvores, assim como flores por toda parte, que transmitem tranqüilidade e belos registros.



Logo ao lado fica o lago Nossa Prainha, que tem um deck bem bacana com vista para um chafariz e uma pista bem legal pra fazer caminhada entre árvores e ao redor do lago, na companhia de algumas aves que se encontram por lá. Ali também fica a Rua da Amizade ou Rua Coberta, onde acontecem eventos como o Carnaflores e o Reveillon. Conta com alguns quiosques que vendem lanches e bebidas.


Para o almoço desse dia optamos pelo restaurante Sabor e Arte, que ficava no centro, próximo ao hotel e na região dos nossos passeios da manhã. À primeira vista ele pode parecer simples, mas não se engane, pois a comida é farta e muito saborosa. O sistema é Buffet livre ou venda por quilo, de acordo com sua fome ou preferência. Tem uma área externa também mas, como fazia bastante calor, preferimos sentar numa ampla sala climatizada na área interna, onde ficamos mais confortáveis. O atendimento é muito bom e o preço melhor ainda.


Para o período vespertino tínhamos contratado os serviços da Real Holambra Turismo, que passou a tarde conosco, numa verdadeira aula prática sobre a história de Holambra. O guia Marcelo ( boliviano, residente já muitos anos no Brasil, professor universitário em Campinas ) nos buscou no hotel e nos levou para passeios incríveis, em carro particular, contando sobre a cidade, sua história, cultura, gastronomia e tradições. Esse serviço custou R$ 480,00, pelo período de 14:00 até 18:30 horas, mas valeu cada centavo investido, pois foi personalizado e muito completo.
Começamos com a visita a uma fazenda de plantação de flores, que só pode ser visitada por intermédio de agências de viagem e ficamos estupefatas. Pudemos ver de perto o trabalho das pessoas que trabalham nesses locais e o exuberante resultado dos seus esforços. Vimos crisântemos, margaridas, cristas-de-galo, lisianthus, girassóis, todos perfeitamente plantados em campos ou estufas. É realmente muito bonito, um cenário de encher os olhos. Cerca de 70% da produção de flores no Brasil está concentrada em SP, mais especificamente em Holambra.



Saindo das fazendas, pra continuar no clima florido, fomos levadas à loja Garden Center, que é uma empresa atacadista e varejista de flores, plantas e acessórios. O grande galpão tem fachada típica e o interior é pra deixar qualquer paisagista louco. São muitos itens, de todos os tipos e preços muito atrativos. Pra encher os olhos e esvaziar os bolsos.

O portal da cidade foi nossa próxima parada, que tem como destaque a arquitetura típica holandesa. O local tem um estacionamento, pois também abriga a Central de Atendimento ao Turista. Nossas fotos foram feitas pelo guia, que sempre se esforçava pelos melhores ângulos.


A Cervejaria Straat Beer também fez parte da nossa programação. Ela fica logo no portal, também tem traços da arquitetura holandesa e produz cervejas de receita holandesa e com excelente qualidade. A fábrica fica ali mesmo, e pode ser visualizada através de paredes de vidro quando se está na loja. Pudemos degustar alguns rótulos e trouxemos algumas garrafas na bagagem. Se você estiver com fome, em alguns dias e horários também servem petiscos que harmonizam com as cervejas.



Adivinhando que as estradeiras tem queda por um docinho, o guia nos levou até na fábrica e loja das Bolachas Oma Beppie. Ali são produzidos os deliciosos stroopwafels, de receita familiar e holandesa. A bolacha é basicamente um wafle, recheado tradicionalmente com caramelo, mas com algumas variações como limão ou café. Fica ainda melhor quando acompanhado por um café ou chá quentinho. Elas podem ser encontradas em vários outros estabelecimentos da cidade, mas nada melhor do que comprar no local de origem, além do preço ser melhor. Muitas bolachas vieram nas nossas malas, para consumo próprio e para presente.

Em seguida fomos conhecer a fazenda de pimentas Sítio Joeljer onde, além da plantação de vários tipos de pimenta, degustamos e pudemos comprar uma extensão de produtos da mesma. Compotas, conservas, vinagres, cachaças, embutidos, entre outros itens, é possível adquirir ali. A recepção é muito cordial, feita pelos próprios donos, que são falantes e muito agradáveis.



Agora, o que realmente conquistou nosso coração, foi a próxima parada, para contemplação do pôr do sol, numa das fazendas da região. Foi por volta das 17:30 horas do dia 14 de julho de 2019, que sentimos Deus muito perto de nós. Um verdadeiro espetáculo da natureza, obra do divino, que fez nossos corações transbordarem de paz e gratidão. Nosso guia, sempre muito gentil, fez fotos lindas nossas para eternizar esse momento. Gratidão ao universo!



Para encerrar os serviços contratados, na volta ao hotel, o guia ainda nos levou para um mini city tour, mostrando e explicando sobre fatos e locais de Holambra. Observamos que várias construções lembram a arquitetura holandesa e ficamos sabendo que existe uma contrapartida por parte da prefeitura para quem mantém a técnica, como descontos no IPTU. Ótima iniciativa, nota 10!

Para o jantar, fomos novamente na Martin Holandesa, dessa vez para experimentar as receitas típicas salgadas. Comemos as famosas pannekoeken, que são um tipo de panqueca aberta no prato, com recheio da sua escolha e queijo gratinado por cima. Muito saborosas! Além disso, também comemos bolinhos holandeses, de carne com especiarias, servido num suporte cônico bem diferente.




No sábado, depois do café, saímos para estradear a pé mesmo, pela Avenida Maurício de Nassau, onde ficam muitas atrações da cidade. Que maravilha! As ruas são largas, limpas, arborizadas. O povo é respeitoso e hospitaleiro. São muitos parques, muitas flores, muitos chafarizes. Pequenos detalhes que fazem muita diferença, como as placas de trânsito no formato da flor tulipa. Vários painéis e totens espalhados pela cidade que rendem fotos muito legais. Os jardins das casas são impecáveis, floridos, com a grama verde e curta. Até o orelhão é típico. Nós amamos tudo!




O prédio da Prefeitura Municipal lembra uma grande casa familiar e tem a mesma graciosidade das outras construções da cidade. Logo em frente fica a Praça Bento Euzébio Tobias, que foi revitalizada em 2018 e tem um trabalho paisagístico incrível.


A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo também fica na mesma rua e foi construída na década de 1960 para atender os imigrantes católicos. Apesar da arquitetura minimalista, tem traços modernos e lindos vitrais coloridos. As estradeiras entraram e fizeram a sua prece.


O Moinho Povos Unidos fica no final da mesma rua e era nosso principal destino naquela manhã. Ele foi inaugurado em 2008, tem mais de 38 metros de altura e é uma cópia fiel dos moinhos holandeses. Tanto que, quem o projetou exigiu que ele funcionasse como na Holanda, pela força dos ventos. Ao preço de R$ 10,00 nós pudemos subir os 5 andares por dentro dele e ter uma vista privilegiada lá do alto. No entorno do moinho fica o Centro de Cultura e Eventos, que é um amplo galpão que nos finais de semana recebe a feirinha de artesanato.




Logo em frente fica o Portal do Moinho, que é outra opção de entrada na cidade. Ele é todo estilizado, tem um monumento em homenagem a um dos imigrantes fundadores de Holambra e serve de passagem para carros. É tudo perfeito!

Neste dia almoçamos no Rancho da Cachaça, que tem restaurante e pousada, a 10 minutos do centro. Pra chegar lá usamos o serviço de Uber e pagamos R$ 20,00 para ida e volta. O complexo é amplo e muito bonito, tudo bem cuidado, com boa estrutura e atendimento amigável.

Como chegamos uns 30 minutos antes do almoço ser servido, aproveitamos a área de recreação e também degustamos e compramos as cachaças artesanais produzidas por eles mesmos e envelhecidas em barris de carvalho.



Nos fins de semana e feriados o restaurante é aberto ao público e serve comida tradicional caipira preparada no fogão à lenha. O sistema é Buffet livre, com muita variedade, você pode comer à vontade e tem como acompanhamento deliciosas sobremesas. Não lembramos bem, mas o valor deve ter sido em torno de R$ 55,00 por pessoa.


Depois do almoço passamos no hotel para deixar algumas compras e descansar um pouco, mas logo retomamos nossa caminhada. Voltando para a mesma Alameda Mauricio de Nassau, onde estivemos pela manhã, continuamos nossas visitas e fotos.
O Deck do Amor é uma das atrações mais românticas de Holambra e fica ao lado do Lago Vitória Régia. Ali os casais apaixonados deixam seu cadeado, sendo que eles já somam mais de 6000 desde sua inauguração em 2005. Um chafariz no lago completa suas fotos, que ficam lindas. Os cadeados podem ser adquiridos nas imediações, de diversas cores e tamanhos.



Um pouco mais adiante fica o Museu Histórico de Holambra, que é um dos mais completos que já visitamos até hoje. No pátio tem tratores e maquinários usados pelos primeiros imigrantes, assim como réplicas de moradias, com móveis, decoração e objetos usados na época. O interior conta com um acervo de mais de 2000 fotos que conta a história da cidade, uma bela coleção de tamancos de madeira e exposição de vestimentas típicas holandesas. O ingresso custou R$ 5,00.





O Recinto da Expoflora é outra atração de destaque da cidade. Anualmente ele recebe a festa que agita Holambra no mês de setembro. O recinto fica fechado fora do período da festa, mas sua parte externa, com as famosas fachadas coloridas, pode ser visitada durante o ano todo e fica até mais fácil fazer as fotos, pois o local não é tão disputado.


E o nosso café da tarde foi na bem conceituada Confeitaria Zoet en Zout (traduzindo: doce e salgado), que fica às margens do Lago Vitória Régia, num ambiente moderno e aconchegante. Os doces são apetitosos, fica até difícil escolher e também oferecem uma boa variedade de cafés. Além do ambiente interno, tem mesas no gramado em frente ao lago, o que faz o fim de tarde ser ainda mais agradável. O local estava bem movimentado e tinha uma pequena fila para escolher a comida, assim como para pagar a conta. Mas vale a pena de qualquer jeito.


No final da tarde, na volta para o hotel, paramos nas lojinhas do Boulevard Holandês, para comprar umas lembranças da viagem. Vale citar a ‘Casa Bela’ e a ‘Flor do Campo’, que vendem artigos muito bonitos como porcelanas, imãs de geladeira, xícaras, tamancos, entre outras coisas muito legais.



Para o jantar, nessa noite fomos ao Restaurante Casa Bela, que também fica no Boulevard Holandês, ao lado da loja que leva o mesmo nome. O ambiente é aconchegante, de muito bom gosto, com mesinhas na área interna e também espalhadas pela calçada, resultando num cenário pitoresco e bem freqüentado. O clima gostoso e a música ao vivo embalaram uma noite muito agradável. O atendimento é eficiente, o cardápio variado e o preço condizente com o conjunto. Recomendamos!

O café da manhã de domingo já tinha gosto de despedida. Nessa tarde iríamos embora e, apesar de ser bom voltar pra casa, estar num lugar tão bom e fácil de conviver faz a volta ser pesarosa. Depois do desjejum, já com as malas meio arrumadas, fomos dar mais uma caminhada, a procura da Praça da Cachoeira sobre a qual tínhamos lido. Chegando ao local, infelizmente, a cachoeira que é uma fonte artificial estava seca. Mas, nesse caminho, tivemos a grata satisfação de encontrar um exuberante ipê rosa no auge de sua florada. Outro espetáculo da natureza e obra do divino. Gratidão!



Dali seguimos para a loja de flores, plantas e lembrancinhas ‘A Orquídea’. Pensem que coisa boa ir a um galpão cheio de flores, plantas, laguinho artificial com peixes, acessórios de jardinagem, souvenirs diversos, e tudo isso a um preço muito acessível. Compramos de tudo um pouco, embalamos com cuidado e acomodamos nas nossas malas. Todo esforço valeu a pena para trazer uma orquídea de Holambra. Que diversão!


Almoçamos no restaurante do Clube Fazenda Ribeirão, que é o clube de recreação da cidade. Novamente um almoço em sistema Buffet livre ou por quilo, com muita variedade de comida, saborosa e de preço justo, acompanhada de sobremesa. Fica na Avenida Maurício de Nassau, entre vários pontos turísticos, de muito fácil acesso.
Após o almoço, a curiosidade nos fez experimentar o sorvete de flores vendido na região. Pedimos uma bola de rosas e outra de camomila. O preço foi salgado, o sabor não era tãooo bom e o atendimento no local onde compramos foi de indiferença. Mas valeu a experiência!

Depois voltamos para o hotel, fechamos as malas, encerramos nossa estadia e aguardamos o motorista vir nos buscar para a volta ao aeroporto de Viracopos, já no meio da tarde. Lá pudemos presenciar mais um lindo pôr do sol, que sempre tem seu encantamento, seja lá onde for.

Chegamos em casa já de noite, gratas por mais essa oportunidade, pela proteção em todo caminho, pela nossa amizade tão fortalecedora.
Percebam que, fora o Uber, todos os outros passeios fizemos sozinhas e a pé mesmo. Nos informamos na recepção do hotel sobre a segurança nas ruas, usamos mapa da cidade e tivemos dias e noites muito tranqüilos.
O clima durante os dias que ficamos lá foi quente, mais ameno de manhã e de noite, mas de calor à tarde.
Abraços das amigas estradeiras!
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