Um pedacinho da Alemanha no Brasil
- amigasestradeiras
- 7 de jun. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de ago. de 2019
Pomerode – 7 de setembro de 2018
Para encerrar a nossa maratona de passeios do ano de 2018, no feriado de 7 de setembro, duas das estradeiras, Daniela e Andréa, foram dar uma volta na cidade vizinha. O dia estava ensolarado e perfeito para estradear. Nós fomos pelas estradas de terra do interior e em cerca de 30 minutos estávamos no nosso destino.
Pomerode é conhecida por ser “a cidade mais alemã do Brasil” e, além do português, grande parte da população local fala o alemão, ao passo que a língua original da maioria dos pomerodenses é o pomerano. Assim, três códigos linguísticos coexistem (o português, o alemão próximo do padrão e o Platt/pomerano), e seus habitantes misturam essas línguas, de forma inconsciente e natural, no seu modo de falar. Em muitos lugares da cidade, há casas edificadas de acordo com a típica arquitetura germânica enxaimel, restaurantes de comida alemã e festas que celebram as tradições germânicas, cuidadosamente preservadas por seus habitantes.
Nossa primeira parada foi no Museu do Imigrante Carl Weege, que é parte do patrimônio deixado por esse imigrante pomerano, que se fixou em Pomerode na região onde hoje se localiza Pomerode Fundos. Reconstruído com autêntica construção enxaimel e decoração típica da colonização alemã, o local conta com a exposição de móveis antigos, roda d’água, rancho com moenda de cana-de-açúcar, prédio da atafona (moinho de fubá de milho) e a Praça Lauro Guenther. É tudo super bem cuidado e conservado, o jardim impecável, o atendimento cordial. O ingresso é gratuito e, caminhando pelos jardins, é possível avistar a Igreja Luterana de Pomerode Fundos, que fica logo ao lado e dá um ar ainda mais pacífico ao local.
Depois fomos até o centro da cidade, estacionamos o carro e seguimos nosso dia batendo pernas. Entramos no Armazém Schornstein, que é a loja oficial da cervejaria e vende os rótulos dos produtos da marca, mais uma linha de lembranças voltada à cultura cervejeira, como placas, camisetas, kits de churrasco, além de patês, doces e geléias produzidos na cidade. Essa cervejaria também abre as portas para o tour de visitação onde, junto com um guia, os visitantes conhecem sobre a produção, envase e armazenamento das cervejas ali produzidas. Muito bacana!
Em seguida entramos nas lojas de artesanato que enchem os olhos com vitrines atrativas. É uma variedade de produtos, de cores, de aromas, que encantam a todos. Na loja Special presentes, alguns desses produtos vem prontos de fábrica, outros são feitos por artesãos da cidade. Tem pra todos os gostos e bolsos.
Já a loja Handgemacht (em tradução, Feito à Mão) reúne o trabalho de mais de 50 artesãos pomerodenses, produzido nas mais diversas técnicas, como pinturas, colagens, crochê, em tecido, em madeira, em porcelana. Impossível sair sem comprar algum mimo!
Como nesse dia era feriado e a cidade estava bastante movimentada, por conseqüência os restaurantes também estavam cheios. Nesse caso, para o almoço, fomos comer um super petisco na Fritz Burger Bier, que é uma choperia bem despojada. O local serve hambúrgueres artesanais, generosas porções de petiscos de carnes, deliciosas sobremesas, além de alguns tipos de chopp. Chegamos na hora certa, pra poder escolher uma boa mesa, pois logo após, a casa também ficou lotada. A comida era muito gostosa e o atendimento cordial.
No entorno do restaurante tem muitos locais bonitos, portanto aproveitamos para fazer fotos. Tem o Teatro Municipal, inaugurado em 2009, com capacidade para quase 500 pessoas. É um espaço cultural qualificado, que tem um belo jardim em frente.
A Praça Torgelow também fica nas imediações. Situada ao lado do Zoo de Pomerode e em frente ao Centro Cultural da cidade, a Torgelowerplatz foi inaugurada no dia 30 de setembro de 2010. Construída em comemoração aos 180 anos da imigração alemã em Santa Catarina, a praça é fruto de um acordo entre Pomerode e Torgelow, na Alemanha, em 2007. O local tem esculturas de bronze em tamanho natural, representando diversos personagens e objetos utilizados pelos imigrantes alemães na colonização do país, e principalmente, do estado de Santa Catarina. A obra retrata ainda o trabalho de Pomerode, como a representação do homem com a enxada e a mulher frente à educação dos filhos.
Andando mais um pouco você se depara com uma mini cidade, com casinhas, igreja, jardins decorados e bem cuidados. O tamanho é reduzido, mas o capricho e graciosidade são ampliados. Ficamos encantadas! Nesse local, também acontecem as feiras de Páscoa e Natal que trazem muitos visitantes para a cidade.
Dando continuidade à tarde, pegamos o carro e nos dirigimos à outra região da cidade. Fomos conhecer a loja e atelier Agridoce. O capricho já começa logo na chegada, no jardim impecável da casa que abriga o negócio. Os produtos são lindos e delicados, dá vontade de comprar tudo. O atendimento sempre prestativo e os preços fazendo jus à exclusividade dos trabalhos manuais.
Atravessando a rua já nos deparamos com a recomendadíssima Confeitaria Torten Paradies, porém não tomamos café lá, pois ainda estávamos satisfeitas do almoço.
Logo adiante fica a loja dos chocolates Nugali, empresa pomerodense que realmente fabrica seu chocolate, nos moldes dos mais tradicionais chocolates belgas e suíços, garantindo qualidade e exclusividade aos seus produtos. A loja é pequenina e vende drágeas, barras, bombons, línguas de gato. Claro que não resistimos a essas delícias e trouxemos alguma coisa pra casa.
Nossa última parada foi no Portal Turístico Sul, que foi construído para das boas vindas a todos que vem visitar a cidade. No local fica o Centro de Informações Turísticas e no 2º piso tem uma loja de artesanato que também vende produtos da região.
Passando pelo portal, logo atrás, tem uma praça com coreto, lanchonete e o letreiro da cidade, que rende fotos bem bonitas.
Ao lado fica o Museu Casa do Escultor, que mostra a obra do Senhor Ervin Curt Teichmann (já falecido), que dizem ter alcançado a excelência em seu trabalho. Este local cobra ingresso, para ajudar na manutenção do acervo e das instalações, mantidas pelo filho do artista. Não visitamos, pois tínhamos compromissos em Blumenau e já estávamos atrasadas para o retorno. Mas todos que foram dizem que vale a pena.
Com mais este passeio concluído com sucesso, já começaram nossos planos para os próximos.
Até breve!
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