top of page

Um passeio pelo interior de Jaraguá do Sul

  • Foto do escritor: amigasestradeiras
    amigasestradeiras
  • 6 de mai.
  • 4 min de leitura

Rio da Luz – 27 de abril de 2025

 

Num domingo de outono, que prometia calor, saímos para passear no interior, mais especificamente no bairro Rio da Luz, pertencente à cidade de Jaraguá do Sul. Como trajeto, optamos ir pela Campinha, em Massaranduba, que está toda asfaltada e nos levou ao destino sem uma nuvem de pó e ainda com belas paisagens. Na volta, como estávamos mais perto de Pomerode, voltamos por lá, com poeira, mas em menos tempo.

 

A localidade de Rio da Luz, colonizada por alemães a partir de 1890, tem belíssimas edificações enxaimel, igrejas históricas, sociedades de tiro, cervejaria, fábrica artesanal de queijos e licores, pesque-pagues, mirantes. Grande parte destes imóveis está tombado como patrimônio histórico e abriga algum empreendimento voltado ao turismo. A cultura germânica fica visível no capricho das propriedades, na gastronomia, na manutenção da língua, na arquitetura. O nome se deu pela quantidade de vagalumes que margeiam o rio à noite, principalmente no verão, iluminando o seu curso.

 

Nossa primeira parada foi na Casa Vagalume que, além de vender vários produtos coloniais da região, como artesanato, bolachas, pães, queijos, mel, cervejas e souvenirs, também é ponto de informações turísticas e casa da Kombilume que, sob agendamento, faz passeios noturnos pelo vale. A casa é linda, com assoalho e forro em madeira, móveis antigos e bem conservados, e o casal que nos recepcionou foi muito gentil e atencioso. Ali você consegue um mapa turístico da região, que ajuda muito no passeio.

 




Logo ali ao lado fica o Sítio Pitaya Reinke, dirigido pelo Jonatan e família. Eles tem uma grande plantação e diversidade dessa fruta exótica, que pode ser usada para fazer geleias, licores, kombuchas, além de ser consumida in natura. O Jonatan é muito receptivo e falante, a propriedade é muito bem cuidada e organizada, com flores lindas e um ambiente colorido. Segundo o proprietário, recebem visitantes de várias partes do mundo, atrás da ‘fruta do dragão’ que além de linda é muito saudável. Defronte à plantação, um grande balanço para relaxar ou ser cenário de fotos.

 







Para a refeição do dia, optamos pela Casa Rux, que também ficava ali por perto. Esta, construída em 1915, tombada pelo IPHAN, foi restaurada em 1989 e já abrigou 5 gerações da mesma família. É uma casa belíssima, com pé direito alto, assoalho e forro em madeira, varanda anexa, cercada por ranchos, árvores, lagoas, belo jardim e animais diversos. O estacionamento fica em um pasto de fácil acesso. A ideia é relaxar no local, que tem ponte sobre a lagoa, passeio de tobata, bancos sob as árvores e um clima gostoso de interior. A alimentação consiste num variado café colonial, com muitas opções de doces e salgados, que nesse dia ficou servido das 11:30h até às 18:00h, e você vai comendo conforme sua fome durante o tempo que permanecer por lá. Nesse dia o valor foi de R$ 48,00 por pessoa, incluso café e suco nesse valor. Muito agradável!

 







Seguindo nosso passeio, nos deparamos com a Igreja Evangélica Luterana Comunidade Cristo Salvador, que é uma pequena igreja de madeira construída em 1935. Também tombada como patrimônio histórico, foi restaurada em 2022. Fica num bonito terreno, plano e gramado e alguns cultos ainda são celebrados ali. Estava fechada, mas fizemos o registro mesmo assim.

 



Mais adiante, já de longe, avistamos a torre de outra igreja. E qual não foi nossa surpresa ao entender, chegando mais perto, que ali estava acontecendo a tradicional festa anual, com muita música e animação. Falamos da Igreja Apóstolo Paulo, da IECLB, inaugurada em 1958. Com uma arquitetura muito charmosa, bancos de madeira de lei, piso ladrilhado, mezanino de madeira, logo ao lado fica o salão comunitário. Foi um momento de energia muito boa, tanto no interior do templo, como participando um pouquinho da festa. A Udi reencontrou amigas de infância, comprou rifa, levou strudel fresquinho pra casa. Que sorte a nossa, essas coincidências nos nossos passeios.

 





De lá seguimos para conhecer o Orquidário e Cactário Lindemann, uma propriedade familiar que cultiva plantas de diversos lugares do mundo. São estufas cuidadosamente planejadas para cultivar variadas espécies de cactos e orquídeas. Quem nos recebeu foi a dona Verônica, que gentilmente nos contou sobre o lugar, sobre o cuidado com as plantas, sobre o dia-a-dia da família na propriedade. Por fim, na estufa da loja, é possível adquirir alguma planta, pra quem assim deseja. Podemos dizer que é um tour botânico, num espaço muito bem organizado e caprichado.

 









Por último, mas não menos importante, fomos visitar a Queijaria Cantinho da Montanha. Como o próprio nome diz, para chegar ao local é preciso enfrentar uma subida de 5 km por estrada de terra, em alguns pontos um pouco pior do que em outros, mas ainda assim vale muito a pena. Fomos recepcionadas pela Sabrina e família, que nos ofereceu 4 tipos de queijo para degustar, entre esses o minas e o coalho, com e sem temperos. Além disso também experimentamos licores, como o limoncello e o de vinho e cereja. Todos os produtos são produzidos artesanalmente por eles, muito saborosos e com preço justo. Ficamos sabendo que também oferecem serviço de hospedagem no local. Na propriedade ainda pudemos ver as vacas Jersey, que fornecem o leite para a fabricação dos queijos, além de cabras e aves diversas.






Para quem quiser seguir adiante e enfrentar mais uns 2 km de subida, vai chegar no Mirante do Vale, que tem estrutura de camping, áreas de convivência e oferece uma bela vista do Vale do Rio da Luz. Nós pulamos essa parte mas, na descida de volta, tem alguns pontos da estrada que também oferecem uma visão muito bonita desse vale que tanto nos surpreendeu.

 


Desse modo, encerramos mais um passeio muito agradável, sempre agradecidas pelas oportunidades e amizades que fazemos na estrada.

 

 

LINKS ÚTEIS:

 

Comentarios


© 2018 by Going Places. Proudly created with Wix.com

bottom of page