Conhecendo Itajaí
- amigasestradeiras
- 23 de mai. de 2022
- 4 min de leitura
Itajaí – 23 de abril de 2022
Aproveitamos um fim de semana na praia para conhecer mais uma cidade que fica pertinho da nossa, cerca de 58 km de Blumenau. Itajaí é uma cidade de belas praias, com uma rica herança cultural de imigrantes alemães, italianos e portugueses. Foi fundada em 15 de junho de 1860, tem pouco mais de 220.000 habitantes, uma economia sólida e padrão de qualidade de vida relativamente alto.
Nosso passeio foi num sábado, para pegar mais pontos turísticos abertos. Chegando, deixamos o carro no estacionamento pago (R$ 3,00/hora) anexo à Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, que é um dos mais belos cartões postais do município. Sua arquitetura é fantástica, em estilo neogótico e romântico, com seis torres e lindos vitrais. Essa suntuosa construção, onde foram assentados cerca de 700.000 tijolos, foi inaugurada em 15 de novembro de 1955, após 14 anos de obras. O entorno é muito agradável, com uma praça ampla e arborizada.



Logo em frente da igreja fica a Panificadora Catedral do Pão, onde fomos tomar um café, acompanhado de deliciosos doces e salgados. O balcão de comidas dá água na boca e o ambiente é bonito e limpo. O atendimento foi um pouco confuso, mas nada que não pudesse ser contornado. O preço é super justo. Pelo que vimos, também servem buffet de almoço.


Seguindo nosso roteiro cultural, fomos conhecer o Palácio Marcos Konder, que desde 1982 sedia o museu histórico de Itajaí. Foi fundado em 1925 e por vários anos sediou os três poderes municipais. Fica localizado logo ao lado da igreja matriz, possuindo um acervo de aproximadamente 12.000 peças, distribuídas por várias salas, inclusive no subsolo. O local está muito bem conservado, o piso cuidadosamente encerado, a história lá é contada com criatividade. Não cobra ingresso.





Ao lado do museu fica a Casa da Cultura Dide Brandão, abrigada no prédio da antiga Escola Básica Victor Meirelles. Foi fundada em 1982, trazendo uma vivência cultural constante à população, através de cursos, oficinas, espetáculos. Conta com biblioteca, auditório, salas de aula, galerias; onde são mostradas diversas formas de atividades artísticas.

Se quiser levar uma lembrancinha da cidade, ao lado fica a lojinha da Associação de Artesãos de Itajaí, onde pode-se encontrar trabalhos manuais de diversos artesãos locais. Fomos recebidas por duas senhorinhas simpáticas e faladeiras, que falaram desde trivialidades até política.

Passeamos ao longo da Rua Hercílio Luz, entrando em diversas lojinhas interessantes, fazendo as comprinhas que as estradeiras adoram, para chegar até na Igreja Imaculada Conceição, conhecida popularmente como Igrejinha Velha. Está situada onde ficava a primeira capela de Itajaí e foi construída na década de 1820, passando por período de restauro de 2016 a 2018. No seu interior é possível apreciar painéis e pinturas de arte sacra, assim como crucifixos e imagens esculpidas em madeira do século 19. Infelizmente nesse dia estava fechada para visitação e a praça do entorno também encontrava-se em obras. Mas a fotografia externa já demonstra a beleza desta edificação.

De lá seguimos para conhecer o Mercado Público, que fica a uma curta caminhada. Inaugurado em 1917, passou por reformas em 1936, após um incêndio. Tem lojas de artesanato e algumas opções gastronômicas. O espaço, que não é grande, estava bastante cheio e animado. Até pensamos em almoçar por ali, mas a muvuca nos repeliu. Demos uma rápida circulada, só pra conhecer mesmo e continuamos nosso passeio.


Sendo hora do almoço, com nossas barrigas clamando por comida, ficamos admiradas com um balcão de salgados de uma lanchonete na Rua Hercilio Luz, a Cikarrete. Comemos pastéis deliciosos, além da iguaria que leva o nome do local, que nos informaram ser uma receita de família. Ela consiste numa massa de pão enrolada, recheada (na nossa escolha, com frango) e depois frita. Tudo estava uma delícia, crocante e fresquinho.

Depois de algumas horas batendo perna, voltamos para o carro e nos dirigimos ao Morro da Cruz, que é o ponto mais alto do município (cerca de 180 metros). A subida é toda pavimentada e lá no alto tem um mirante que oferece linda vista de várias cidades, além de um restaurante em estilo medieval, o Castelo Montemar Eventos, e a Estação Record TV. Recebeu esse nome em 1980, quando uma grande cruz foi colocada no ponto mais alto do morro. Se durante o dia já é bonito, dizem que o pôr do sol ali é de tirar o fôlego, assim como a vista noturna da cidade.



Outro cartão postal de Itajaí, que foi nossa última parada, é a Pedra do Bico do Papagaio. Ela fica no caminho ao bairro de Cabeçudas e é resultado de implosões de rochas em épocas passadas, que resultaram nessa formação rochosa em formato de ave. Tem 4,50 metros de altura, está localizada numa área muito bonita, tem um lindo deck para fotos e conta com estacionamento.



Já quase no fim da tarde, atravessamos o rio de ferry boat, com destino à casa de praia onde ficaríamos até no domingo. Foi um dia lindo, abençoado com sol e selado pela nossa amizade.
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